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Trabalhar no escritório? Sim, mas com flexibilidade e segurança

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No início da pandemia, em 2020, as empresas foram confrontadas com uma grande mudança na forma de trabalhar: o trabalho remoto. Para uma grande parte delas, trabalhar à distância não era uma realidade e implicou adaptações a um ritmo acelerado, que se foram consolidando ao longo dos últimos dois anos. Contudo, hoje vemo-nos confrontados com o “reverso da medalha”: enfrentar os desafios (e agarrar as oportunidades) de um movimento crescente de regresso aos escritórios.

De facto, a pandemia veio alterar por completo a nossa noção geral de saúde e segurança no trabalho – e até do próprio trabalho em si. Hoje em dia discutem-se, com frequência quase diária, alguns temas que não são novos, mas para os quais olhamos agora de outra forma: o número de horas passado a trabalhar, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a necessidade de oferecer benefícios, a crescente digitalização dos processos, a cibersegurança e as medidas de higiene e de saúde incontornáveis, entre vários outros.

Antes da pandemia, o escritório era visto apenas como um espaço de trabalho, muitas vezes individual; agora tem de ser visto também como um local eficiente, no qual grupos de pessoas se reúnem para colaborar entre si, que prioriza a saúde e a segurança, e altamente melhorado pela tecnologia. Como tal, não se pode esperar um regresso ao que anteriormente consideraríamos “normal”. No regresso ao escritório após este Verão, a Cisco identifica três realidades com que as empresas se vão deparar à medida que forem abrindo as suas portas:

Cada trabalhador terá uma motivação diferente. Muitos querem regressar ao local de trabalho, mesmo que apenas alguns dias por semana, porque precisam de ter um melhor acesso à tecnologia ou porque simplesmente sentem falta do convívio com os colegas. É preciso ter em conta que a maioria parece preferir um modelo híbrido, que equilibre o trabalho remoto e o de escritório. As empresas devem redesenhar os modelos de trabalho e, consequentemente, as estruturas dos seus escritórios, pensando já num esquema a médio/longo prazo que considere esta nova realidade como o “normal”.

Repensar a nova estratégia de um escritório não é assim tão simples. É preciso considerar os custos e o tempo em que pode ser aplicada, especialmente se implicar grandes mudanças e investimentos tecnológicos. Estes investimentos podem ser, por exemplo, em soluções de cibersegurança e de espaço, para garantir que as empresas estão melhor preparadas para lidar com possíveis novas situações de pandemia ou outras.

As consequências de errar podem ter um custo elevado. Dois anos de pandemia serviram para mostrar às empresas a importância de planear e de ter uma estratégia definida que as suporte no caso de imprevistos. Num momento em que continuamos a viver numa realidade complexa e com muitas incertezas, uma estratégia de trabalho no escritório pouco pensada e/ou eficiente pode traduzir-se em desperdícios de vária ordem, como por exemplo de energia e em espaços não utilizados ou, pior, na perda de confiança dos colaboradores na capacidade dos líderes de gerir a situação de forma sustentável e com segurança.

 

Conseguir uma experiência harmoniosa em ambiente híbrido

Na Cisco, mesmo antes da pandemia, já adotávamos um modelo híbrido e flexível que permitia a muitos dos colaboradores trabalhar a partir de outras localizações que não o escritório. Partindo dessa prática, complementada com todo o conhecimento e experiência adquiridos ao longo destes últimos anos, acreditamos estar capacitados para ajudar as organizações a transformar os seus modelos e espaços de trabalho para que sejam mais adequados à colaboração e à conectividade e também seguros, termos que sem dúvida marcam esta nova realidade “pós-pandemia”.

Se os colaboradores se deslocam para o escritório, devem sentir que não é apenas para estarem isolados nos seus respetivos lugares, sendo que defendemos que os ambientes de escritório físicos e virtuais devem estar integrados de forma harmoniosa para oferecer experiências envolventes, inclusivas e seguras a todos.

Por outro lado, caso prefiram ficar em casa, é importante que o possam fazer com a mesma qualidade de experiência, produtividade e nível de suporte que encontram no escritório – por exemplo, devem ter acesso às ferramentas de negócio e colaboração, de forma segura, num ambiente de trabalho semelhante, no qual o departamento de TI também tem o controlo e a visibilidade necessários para assegurar um suporte efetivo.

O modelo de trabalho híbrido da Cisco oferece flexibilidade e permite que todos os colaboradores possam participar nas reuniões e no trabalho quotidiano em si, independentemente de onde estejam – no escritório físico, em casa, em mobilidade ou noutros ambientes.

Em suma, é importante, em primeiro lugar, entender as preferências dos colaboradores e encontrar um equilíbrio com as necessidades reais do negócio. O local de trabalho não deve determinar o acesso às oportunidades dentro de uma organização, e reunir as pessoas independentemente da sua localização deve ser um objetivo a longo prazo. Este esforço deve incluir a gestão de equipas para conseguir mais proximidade e inclusão e melhorar o design dos locais de trabalho para apoiar todos os colaboradores da melhor forma. Finalmente, é necessário transmitir claramente a estratégia de trabalho híbrido a seguir, de forma a alinhar objetivos comuns, focados no bem-estar das pessoas e na sustentabilidade ambiental

A pandemia trouxe-nos a oportunidade de repensar como colaboramos e inovamos, apresentando a tecnologia como o fator catalisador da mudança. É nosso dever enquanto empresas não desperdiçar os ensinamentos que recolhemos ao longo dos últimos dois anos, e tirar o melhor partido deles para criar uma verdadeira cultura de inclusão e produtividade, que contribua para a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida.

Authors

Marcio Costa

Collaboration Applications Architect

Global Collaboration Sales Organization

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