Cisco Portugal Blog
Share

O sucesso das empresas passa pela qualificação digital da sua força de trabalho


June 6, 2022


A pandemia acelerou e alterou as dinâmicas do mercado e, em consequência, também a forma como trabalhamos. A transformação digital é rainha, imprescindível para o progresso das empresas, e está também a impactar a força de trabalho, exigindo novos requisitos digitais que, se antes eram um nice to have, agora são imprescindíveis.

Devemos, portanto, encarar este contexto como um momento de progresso, tirando partido dele para evoluir para novas formas de trabalhar e aprender. A capacidade de alavancar a tecnologia para melhorar as competências e os recursos reduz possíveis atritos na jornada de transformação digital e leva a uma maior qualificação da força de trabalho, contribuindo para um novo modelo económico que permite que cada indivíduo aprenda e trabalhe a partir de qualquer lugar e contribua de novas e variadas formas para o sucesso da organização a que pertence.

 

Acompanhar o ritmo do avanço tecnológico

É inegável que a tecnologia cria oportunidades de negócio de maior valor acrescentado, mas pode também criar desafios no que toca ao nível de competências dos colaboradores, quando as mesmas estão aquém do necessário – principalmente em setores como a indústria, saúde e certas áreas dos serviços, onde a procura por uma força de trabalho qualificada é elevada.

Os gestores confrontam-se com o dilema da falta de competências e de, ao mesmo tempo, quererem manter a sua força de trabalho. Assim sendo, a capacidade de uma empresa para formar e desenvolver as suas equipas para melhorarem as suas capacidades cria uma vantagem competitiva significativa num mundo cada vez mais tecnológico.

O upskilling (ou requalificação) digital, é um investimento que pode compensar largamente quando comparado com o custo de uma nova contratação mais qualificada – por norma, os novos elementos recebem salários mais elevados do que a força de trabalho já existente, e requerem integração e formação inicial extensas e algum tempo de adaptação até ganharem o conhecimento necessário sobre a empresa e os seus processos. Ao qualificar digitalmente as equipas, as empresas tiram partido dos seus conhecimentos já existentes, reforçando-os para tornar a força de trabalho mais completa, mais competente e mais motivada, preparada para as necessidades já identificadas e as que possam surgir.

No caso particular da Cisco, temos de ter em conta que as exigências de conhecimentos e experiência na área das TI estão sempre a mudar. Ser engenheiro de rede ou programador é, hoje, muito diferente do que era há uns meros cinco anos – entre muitos outros pontos que poderíamos abordar, hoje em dia é, por exemplo, indispensável um elevado nível de sensibilização para a cibersegurança, um conceito que impacta fortemente o nosso dia a dia. O que procuramos fazer é oferecer mais qualificações aos nossos colaboradores de forma contínua, tendo sempre em mente a sua própria evolução profissional e o percurso individual de cada um, oferecendo um programa de upskilling de acordo com as necessidades.

Acreditamos que cada momento de formação deve ser um passo na direção de uma nova função ou de evolução dentro da carreira já iniciada, e não a mera aquisição de capacidades e conhecimentos que não terão, mais tarde, aplicação prática. Se assim não for, as pessoas ficarão, naturalmente, desmotivadas com o tempo e o esforço despendidos neste processo, e não o verão como útil ou agradável.

De forma a envolver as novas contratações neste processo, aplicamos também uma estratégia conhecida como “buddy system”, em que colaboradores de diferentes contextos se apoiam mutuamente. Por exemplo, um programador que esteja a iniciar a sua carreira pode aprender sobre design e implementação de redes e a cultura da Cisco com um engenheiro com 10 anos de experiência na nossa empresa, enquanto este adquire conhecimentos de programação e novos softwares existentes no mercado, bem como sobre novas tendências na área, com o novo colega.

 

Reforçar a qualificação digital do país

Com o objetivo de acelerar a transformação digital, a Cisco criou o programa internacional Cisco Networking Academy (NetAcad), o maior investimento social da empresa no suporte ao desenvolvimento de carreiras na área das tecnologias. Presente em dezenas de instituições educativas como Institutos Politécnicos, Universidades, Escolas Profissionais e Escolas Secundárias, o NetAcad conta também com parcerias com outras instituições como o IEFP, IAPMEI, INCoDe.2030, Portugal Digital, ANPRI e o Programa Escolhas, entre outras.

Nos últimos três anos, no âmbito do programa Country Digital Acceleration (CDA) – a colaboração entre a Cisco Portugal e o Governo para a construção de comunidades sustentáveis, seguras e inclusivas, alimentadas por soluções tecnológicas éticas e inovadoras para acelerar o desenvolvimento digital do país –, impulsionámos o desenvolvimento do programa NetAcad no nosso território. Neste período, mais de 20 mil estudantes participaram num ou mais cursos, o que correspondeu a mais de dois milhões de horas de formação. No passado ano letivo, mais de 8.500 alunos fizeram um curso. Estamos confiantes de que este número crescente de participantes contribui para o aumento de competências digitais em áreas como a cibersegurança, as redes, os sistemas operativos, a programação, a automação de infraestruturas, entre outras que se revelam cada vez mais fundamentais para o progresso do mundo do trabalho.

 

Um processo sem fim à vista

Em suma, no momento em que vivemos a qualificação digital da força de trabalho é um elemento-chave para preencher as lacunas nas competências das empresas e permitir não apenas a retenção dos colaboradores que não queremos perder, mas a atração dos melhores talentos no mercado. De facto, segundo um estudo da Gallup, os millenials indicam cada vez mais as oportunidades de desenvolvimento profissional e de carreira como um dos fatores mais importantes para escolher ficar ou deixar um trabalho, pelo que esta questão é, indubitavelmente, crucial para resolver as atuais necessidades de ter uma força de trabalho mais qualificada.

Com equipas adequadamente formadas, preparadas para um mundo cada vez mais focado no digital e ainda altamente motivadas a impulsionar os negócios, as empresas vão certamente tornar-se muito mais competitivas no mercado. É, por isso, mais importante do que nunca que compreendam que este processo de requalificação não pode, nem deve, ter fim: é uma aposta constante no presente, sempre a pensar no futuro.

Tags:
Comentar

1 Comentários

  1. Concordo com tudo o que escreveu, agora falta as empresas perceberem as mensagem e apostarem mais no digital, do que limitarem recursos e pessoas.
    Continuação de bom trabaho.