Estudo mostra por quê e quando o trabalho híbrido pode ser o vilão da cibersegurança
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Em pesquisa divulgada pela Cisco, a maioria dos executivos (92%) relata que seus funcionários usam múltiplas redes para se conectar ao ambiente de trabalho, como suas casas, cafeterias, shoppings ou até mesmo supermercados.
É crescente a adesão ao trabalho a partir de qualquer ou simplesmente trabalho remoto ou híbrido. Os profissionais se encantam pelo modelo porque se livram da necessidade de estarem circunscritos a quatro paredes para entregarem as suas tarefas. Já as organizações enxergam o modelo como uma oportunidade de atrair e reter talentos, além de conquistar novos patamares de produtividade.
O modelo ganhou novos contornos com a necessidade de isolamento imposta pela COVID-19, quando fomos obrigados a adotar o trabalho a distância sem que as empresas tivessem tempo e orçamento para planejar esta mudança. Isto fez com que boa parte dos trabalhadores adotasse equipamentos pessoais para realizar tarefas corporativas.
Agora, com o retorno das atividades mais próximas à normalidade que vivíamos antes da pandemia, o trabalho a distância ganhou novos contornos e denominação. Passamos a chamá-lo de trabalho híbrido, um modelo no qual os profissionais se conectam a partir de qualquer lugar, inclusive a partir da rede corporativa, para realizar as suas atividades.
Estudo recentemente divulgado pela Cisco mostra que esta nova forma de trabalhar criou grandes oportunidades, mas também trouxe novos desafios para as equipes de TI, incluindo a necessidade de garantir que as pessoas tenham as ferramentas e o suporte de que precisam para fazer seu trabalho do lugar escolherem.
Neste novo normal, a primeira constatação do estudo é que alguns funcionários estão usando mais de 10 redes diferentes para se conectar aos servidores corporativos, o que confirma a tendência do trabalho híbrido e reforça a necessidade de as equipes de TI limitarem os riscos de segurança.
A mudança para o trabalho híbrido está adicionando uma nova camada de risco e aumentando os desafios a serem enfrentados pelos profissionais de cibersegurança. O relatório revela que, à medida que as pessoas trabalham de vários locais, o uso de dispositivos não registrados para acessar plataformas de trabalho é uma grande preocupação e um risco crescente.
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84% dos entrevistados dizem que seus funcionários estão fazendo login para trabalhar a partir de dispositivos não registrados
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71% dizem que seus funcionários estão gastando pelo menos 10% do dia deles trabalhando assim
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44% dizem que seus funcionários gastam 20% de seu dia ou mais em um dispositivo não registrado conectado à rede da empresa
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84% dos entrevistados globais dizem que o trabalho remoto aumentou o risco de incidentes de cibersegurança
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84% dizem que dispositivos não registrados podem causar um incidente de segurança cibernética
Com funcionários livres para trabalhar de onde quiserem, as organizações precisam garantir que as redes sejam seguras. Porém, dado que estas redes podem estar em qualquer lugar, desde o café local até o supermercado, algo que representa um grande desafio para as equipes de segurança.
Não por acaso, seis em cada dez líderes de cibersegurança ouvidos pela pesquisa (no Brasil foram 50%) relataram que sofreram um incidente cibernético nos últimos 12 meses, como malware, phishing e vazamento de dados.
A maioria (82%) acredita que os incidentes de segurança cibernética provavelmente vão interromper seus negócios nos próximos 12 a 24 meses. Por isto, eles estão se preparando para se proteger de ameaças internas e externas, com 86% dizendo que sua organização planeja aumentar o orçamento de segurança cibernética em pelo menos 10% nos próximos 12 meses.
Feito com 6,7 mil profissionais de 27 países entre agosto e setembro de 2022, o estudo conclui que apesar do cenário sombrio do impacto do trabalho híbrido para a segurança dos negócios, há uma oportunidade a ser avaliada por empresas e governos. A necessidade de garantir segurança a pessoas, dados e redes cria enorme oportunidade para aumentar a parceria público-privada. Governos de todo o mundo estão implementando políticas para conter a fraude cibernética e fortalecer a proteção dos dados. As organizações podem investir em segurança robusta, adotando soluções que garantam a clientes a melhor experiência possível, e seus funcionários ainda podem desfrutar a liberdade de trabalhar de onde quiserem, com segurança.
Leia o estudo completo, aqui