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Como aterrizar no trabalho híbrido e sobreviver ao impacto inicial.


15/11/2021


Passamos anos imaginando como seria o trabalho do futuro. Acho que nós começamos a nos perguntar isso quando ainda éramos crianças e vimos os primeiros sinais de teletrabalho, videochamadas e aulas virtuais no desenho dos Jetsons. Provavelmente, muitos de nós acreditaram que jamais chegariam a ver aquele futuro acontecer, e, aqui estamos! Bem, mas para falar sobre o que essa série de animação já previa há mais de 60 anos, existem milhares de postagens na Internet.

O que nos interessa mesmo é falar sobre a turbulenta jornada sem volta para o trabalho do futuro, rumo a qual decolamos em março de 2020. E no post anterior chegamos a duas conclusões: esse trabalho é híbrido (combina equipes remotas e presenciais) e dependemos da tecnologia para que tudo funcione.

Mas, como tornar isso possível? Porque, na verdade, como já dizia minha avó, há sempre um longo caminho a percorrer. Vamos colocar isso em perspectiva. A cabine de comando de um avião contém todos os instrumentos e controles que permitem ao piloto levantar voo, pilotar e pousar a aeronave. Mas será que uma pessoa comum conseguiria entrar em um avião sem ter o mínimo conhecimento da profissão e pilotá-lo com sucesso? Claro que não. Ela provavelmente não conseguia movimentar a aeronave nem um metro sequer. Da mesma forma, é possível uma empresa implementar o trabalho híbrido sem ter as ferramentas mínimas necessárias? Obviamente não.

Assim como a nuvem híbrida, o trabalho híbrido é uma das grandes tendências atuais. E nesse universo temos usuários com todo tipo de dispositivo, acessando todo tipo de aplicativo, de inúmeros lugares diferentes. Uma loucura, certo?

Hoje, por estarmos tão conectados, via redes privadas e públicas, acessando data centers privados e públicos, acabamos nos deparando com um novo desafio que gera ainda mais turbulência na nossa jornada: O que acontece quando alguma coisa não funciona direito? De quem é a culpa? Será um problema da aplicação? Ou talvez da minha conexão local? Para quem eu ligo?!

É por isso que agora apareceu uma nova tendência: a observabilidade da aplicação. Temos que controlar o que está acontecendo com nossas aplicações no momento em que aquilo está ocorrendo, porque já ficou bem claro que quando minha aplicação não funcionar, o cliente não vai hesitar em procurar outro fornecedor.

Essas três tendências, como nuvem híbrida, trabalho híbrido e observalidade, são as principais alavancas da nossa aeronave na jornada rumo a esse trabalho do futuro, que já realizamos hoje. Como um bom geek, sou fascinado por dados, e posso tirar conclusões reais e não hipotéticas.

Vejamos a seguir alguns dados que nos dão um panorama do que temos pela frente:

  • 57% dos funcionários esperam trabalhar no máximo 10 dias por mês no escritório.
  • 98% das reuniões terão pelo menos um participante remoto.
  • 97% dos colaboradores afirmam que para retornarem ao escritório será preciso realizar mudanças que garantam a segurança deles.

Isso nos permitiu fazer algumas descobertas. Por um lado, ficou evidente que o colaborador – não tanto o empregador – percebeu que pode trabalhar de forma diferente e por isso vai procurar empregos que lhe proporcionem as condições que deseja.

Por outro lado, o empregador precisa transformar aquele esquema de “continuidade do trabalho” (que ele adotou desesperadamente no início da pandemia, quando enviou suas equipes para casa) em um onde o trabalho remoto seja profissionalizado. Os funcionários não vão voltar para os escritórios da maneira que os empregadores desejam, e está na hora de aceitar isso.

O trabalho híbrido combina essas duas tendências e essa é uma etapa importante na nossa jornada. Já conectamos colaboradores remotamente, já reforçamos a segurança cibernética, agora precisamos consolidar um modelo de trabalho misto que seja eficaz e, acima de tudo, permanente.

As ferramentas de colaboração são instrumentos essenciais no nosso cockpit, mas não são os únicos de que precisamos para facilitar o pouso.

Se o trabalho é híbrido, o escritório também tem que ser.

Para começar, não preciso mais de um espaço individual para cada colaborador, principalmente se boa parte deles vai trabalhar remotamente. Pelo contrário, tenho que criar espaços onde qualquer pessoa possa se sentar, ligar o telefone e transformá-lo automaticamente na sua secretária virtual, com todas as informações de que necessita para trabalhar, mas também com aplicações que lhe permitam interagir remotamente com outros colegas que não estão no escritório.

Já vimos que o truque não está apenas no software, mas também no hardware. E na segurança que é preciso garantir aos que trabalharem presencialmente. Lembram que 97% pedem mudanças nos escritórios antes de retornar? É exatamente isso.

A tecnologia também me permite oferecer segurança física (é isso que eu adoro na tecnologia!). Existem muitas ferramentas que viabilizam o espaço de trabalho híbrido, além de em casa e no escritório. Estamos falando de access points que podem controlar a capacidade nas áreas comuns de colaboração ou dispositivos de vídeo que o fazem nas salas de reunião, e de gerar alertas quando as medidas sanitárias não estão sendo respeitadas, sensores de IoT que medem a temperatura, interruptores para automatizar luminárias, soluções de conectividade sem fio, e muito mais.

Quando falamos em trabalho híbrido, falamos de conectar, garantir e automatizar todo o fluxo de trabalho, tanto no escritório quanto em casa, ou onde quer que cada um de nós decida trabalhar. Para isso, precisamos de uma plataforma de tecnologia que inclua soluções de colaboração, segurança, data center, infraestrutura de acesso com e sem fio e acesso a redes WAN, que nos permitam continuar essa jornada com tranquilidade, sabendo que podemos superar as inúmeras turbulências que possamos enfrentar para chegar ao destino desejado: o trabalho do futuro.

O que mais me motiva e entusiasma é saber que na Cisco temos um portfólio único e completo para acompanhar nossos clientes em suas jornadas e fornecer a eles todas as ferramentas necessárias para gerenciar uma equipe distribuída.

Nosso percurso não acaba aqui, esta é apenas a primeira escala desse voo! Vamos continuar descobrindo juntos o que é preciso para sobreviver na era do trabalho do futuro. Até o mês que vem!

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