Todo avião conta com seis elementos básicos para poder voar. É o chamado “six pack”, que contém todos os instrumentos básicos para controlar o voo, como indicadores de velocidade e altitude, altímetro, coordenador de curva, indicador de direção e, por fim, instrumentos que aferem a velocidade vertical.
Basicamente, esses instrumentos fornecem aos pilotos visibilidade, controle e capacidade de manobra. Esses termos soam familiares para você? Já falei sobre esses aspectos nos meus posts anteriores, porque especialmente em um ambiente de transformação digital eles são tão essenciais para a empresa quanto os instrumentos mencionados acima são para o piloto. Afinal, ninguém quer pilotar às cegas neste mundo digital.
O mundo claramente mudou. Há 10 anos, 80% do tráfego permanecia dentro da empresa, então quase tudo era controlado pela equipe de TI. Hoje, o cenário é exatamente o contrário, apenas 20% do tráfego fica dentro da empresa.
Faço aqui uma pequena observação. Não podemos esquecer que as aplicações deixaram de ser mais uma forma de chegar ao cliente para se tornarem a principal forma de entrar em contato com o ele, independentemente do tamanho da empresa. Todos nós embarcamos nessa jornada de transformação digital como passageiros, desde as pequenas empresas até as grandes corporações.
Essa importante mudança no tráfego é consequência de hoje termos muitas pessoas, com dispositivos de vários os tamanhos, acessando milhares de aplicações em diversos lugares (do escritório até a praia). De repente, os fatores na mesa se multiplicaram, então, quando algo dá errado, qual a chance de o departamento de TI fazer o movimento certo? Se você não tiver os instrumentos adequados, provavelmente vai perder o controle do navio.
E é aqui que começamos a falar da observabilidade como o terceiro pilar, junto com a nuvem e o trabalho híbridos, na construção da transformação digital. No ambiente de digitalização acelerada de hoje, as ferramentas que oferecem visibilidade e capacidade de resposta às equipes técnicas são como o painel de controle que o piloto precisa para poder voar.
Por quê? Para começar, porque quando sua equipe está usando várias aplicações na nuvem, você, como gerente de TI, talvez não consiga ter uma ideia real do que está acontecendo.
Ainda bem que para resolver esse problema existe uma série de ferramentas que permitem ter visibilidade em todos os níveis, e é por isso que na Cisco falamos em Full-Stack Observability, como uma engrenagem de três motores.
Por um lado, é preciso pensar nas aplicações, e, para isso, o Cisco AppDynamics é essencial. Como as aplicações são extremamente relevantes para o andamento dos negócios, é mais do que lógico que elas sejam constantemente monitoradas não apenas no que diz respeito à segurança, mas também à operacionalidade. A análise frequente das aplicações permite evitar problemas, e nada como antecipar os fatos!
Por outro lado, é fundamental garantir uma boa experiência de usuário, mesmo quando ela não depende só de nós ou quando não temos total controle sobre ela. Para isso, o Cisco ThousandEyes oferece milhares de agentes de software que se comunicam constantemente via Internet, provando que é possível fazer conexões. Dessa forma, conseguimos gerar um mapa da saúde da Internet.
Por fim, considerando o aumento exponencial do tráfego, é necessário automatizar o posicionamento das cargas de trabalho e aproveitar os recursos das aplicações. O Cisco Intersight permite gerenciar a nuvem híbrida como um ambiente único, ou seja, abordar todos os recursos da infraestrutura multicloud para otimizar a operação.
Fazer com que pessoas, aplicações, dispositivos e nuvens operem de maneira eficiente como um todo, e de forma segura, é o grande dilema do século digital. Como pilotos desse novo ambiente, temos que ter visibilidade sobre o cenário todo para poder tomar as decisões corretas, e isso só é possível com uma arquitetura abrangente e forte nessas três frentes.
Na próxima etapa da nossa jornada, vou contar para vocês como podemos garantir esse futuro com as ferramentas certas. Até lá!