Chegou a hora de remover barreiras entre mundo físico e virtual, e impulsionar seu centro de dados para onde seus dados estiverem
Há uns meses ouvi algo que orbitou na minha cabeça por um bom tempo: “Não existe mais nada no centro quando pensamos em data center”. Que sacada impressionante, pensei. Afinal, com todo esse negócio de multicloud, IoT, fog/edge computing, mobilidade pervasiva, nenhuma afirmação sobre a ideia de centralização de TI parece tão certeira.
O que mais me impressiona, até hoje, na frase é que ela não se resume ao clichê de que os data centers estão morrendo. Na realidade, e isso só percebi depois de certa análise, ela carrega consigo a dimensão de expansão de um conceito que se torna cada vez mais vital ao futuro das organizações. Quando refletimos sobre a inexistência de um centro para os dados, concluímos que não há mais bordas ou limites para o que convencionamos chamar de data center.
Chegamos a um ponto em que a evolução digital exige que empresas rompam barreiras físicas e virtuais, e ofereçam recursos a seus clientes, colaboradores e parceiros a uma velocidade e agilidade sem precedentes, onde quer que estejam, para que se mantenham competitivas. Com dados e aplicações espalhados por todos os lados, é possível vivenciar a tecnologia em sua plenitude, e proporcionar uma melhor experiência aos usuários.
Dentro desse novo normal que não reconhece fronteiras, existem três forças principais que afetam os data centers:
1. As aplicações estão evoluindo. Empresas precisam capturar dados e levar soluções para onde seus usuários se encontram, desde escritórios remotos até filiais, fábricas e campos, movendo-se por domínios próprios rumo às bordas da rede e da nuvem. Com os dados sendo criados fora do data center, os sistemas devem ser capazes de agir imediatamente ao mesmo tempo em que mantêm uma política consistente e com segurança.
2. As cargas de trabalho estão mais distribuídas. Da fronteira física da empresa até a borda da nuvem. Não há mais barreiras. E os data centers devem processar informações onde essas informações precisam ser processadas, independente do volume e da escala, e na velocidade que demandam os negócios.
3. Os ambientes multicloud estão mais demandados. Não há mais uma, mas várias nuvens nos horizontes empresariais. Esse movimento é impulsionado por motivadores econômicos, como comprar versus construir ou consumir versus adquirir. Ter a opção de ferramentas na nuvem, como Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP) ou Amazon Web Services(AWS) pode aumentar a velocidade e a agilidade para os desenvolvedores e times tanto de TI quanto de negócios. Continuidade de operações e recuperação de desastres também levam empresas à nuvem. Para garantir que os dados sejam protegidos ou que os aplicativos sejam resilientes, os clientes estão usando a nuvem para aumentar os datacenters locais.
A computação em nuvem é uma das tecnologias fundamentais de nossos dias, e está claro que terá impactos profundos nas próximas décadas. Na ponta, equipes de TI são forçadas a fazerem uma escolha difícil: ou ficar com data centers locais com um conjunto avançado de ferramentas de sua escolha para automação, compliance e segurança, ou migrar para cloud, onde diferentes recursos podem garantir que o cumprimento da estratégia se tornem uma solução ou um desafio.
Mas as coisas não são (ou não deveriam ser) tão oito ou oitenta. Percebe-se que nada é tão branco ou preto aos poucos. O amadurecimento da nuvem revelou um novo cenário e fez que chegássemos a uma constatação que não estava totalmente clara em um primeiro momento: grande parte das empresas não estão se movendo, mas expandindo seus domínios para cloud.
O fim das fronteiras
Com aplicações e dados em todos os pontos da arquitetura de TI, o data center não pode mais ficar confinado a um local específico. Ele deve agir de maneira semelhante às ramificações de um sistema nervoso alcançando os dados onde estão e onde a aplicação é convenientemente desenvolvida ou implantada. Na borda, na nuvem ou no local, onde é processado e onde quer que seja mais sensato executar a velocidade. Pronto e capaz de fornecer inteligência no local, pronto para mudar, pronto para crescer e pronto para suportar o que o negócio necessita.
A ideia da frase apresentada no começo desse texto foi dita por um executivo da Cisco há alguns meses, durante uma conferência de mercado, e agora se materializa publicamente na nossa nova estratégia de data center.
Estamos adotando essa falta de um “centro” anunciando uma nova arquitetura para o data center sem limites. Uma que proporcione segurança e consistência em toda a rede, com simplicidade e gerenciamento a partir de um único painel, tudo isso com uma estratégia multicloud que começa em casa – com o seu data center existente. Agora, os times de TI não precisam mais fazer essa escolha difícil.
Na prática, isso se conecta a três grandes inovações em nossas linhas de soluções que removem limites do data center:
ACI Anywhere, com o novo Cloud ACI totalmente integrado em infraestruturas como serviço da AWS e Microsoft Azure;
HyperFlex Anywhere, agora fornecendo infraestrutura hiperconvergente para locais remotos e de filiais em escala global;
CloudCenter Suite, agora disponível em uma opção SaaS para simplificar e automatizar o gerenciamento multicloud.
Com essas soluções, podemos garantir que empresas desenvolvam e implementem ferramentas adequadas que suportem requisitos de negócios em constante mudança e os cenários competitivos, impulsionados por níveis cada vez mais altos e mais rigorosos de expectativas do cliente a partir de três pontos: automação, multicloud e segurança. Afinal, o data center é onde os dados estão, e é fundamental mover-se nesse novo mundo com inteligência, seja no local, na nuvem ou na borda da rede.